quinta-feira, 25 de agosto de 2016

Fundamentação para a institucionalização do Museu do Parto Prof. Galba Araújo

(Projeto desenvolvido pela Prof. Dra. Silvia Bomfim Hyppolito e assinado pelo Prof. Dr. Carlos Augusto Alencar, para pedido da formalização e institucionalização do museu do parto como não só sendo  pertencente a Maternidade Escola, mas também da Univerdade Federal do Ceará.)

INTRODUÇÃO

O início do movimento em prol dos museus brasileiros inicia-se timidamente no século XIX com a criação de instituições museológicas voltadas para as áreas da História Natural e de institutos históricos e geográficos regionais. O exemplo brasileiro mais próximo de uma instituição museológica pode ser reconhecido no Museu de História Natural, criado por D. Luis de Vasconcellos, Vice-Rei do Brasil, de 1779-1790. Por tratar-se de uma instituição voltada para a taxidermia de animais a serem enviados a Portugal como objetos de curiosidade, o Museu passou a ser conhecido popularmente como Casa dos Pássaros. Em 1818, este Museu de História Natural foi transformado por D. João VI em Museu Real, e em 1892, passou a funcionar com o nome de Museu Nacional. Em 1946, passa a integrar a estrutura de ensino, pesquisa e extensão da Universidade Federal do Rio de Janeiro - UFRJ.  
Além deste, são poucos os exemplos de museus criados no século XIX, a maioria ainda à época do Império como o Museu Militar do Arsenal de Guerra, na Casa do Trem (1865) e o Museu da Marinha (1868), ambos extintos; o Museu Paraense (1866), organizado em 1894 pelo naturalista suíço Emílio Goeldi; o Museu Provincial do Paraná (1885), transformado em Museu Júlio de Castilhos, em 1907; e, finalmente, o Museu Paulista inaugurado em 1895, no Parque Ipiranga. Nas primeiras décadas do século XX, persiste este quadro do final do século XIX, sendo criados poucos museus, dos quais podemos destacar: em 1906, a Pinacoteca do Estado de São Paulo, reorganizada em 1911 e 1932. 
No entanto, é somente no século XX, nas décadas de 20 e 30 que os museus alcançarão uma dimensão maior com o desenvolvimento de uma política de ideologias e tendências nacionalistas e passarão a ser considerados pelo Estado como instrumentos de poder e status e guardiões e detentores da cultura e de uma identidade nacional.  
É neste contexto e a partir das comemorações do Centenário da Independência do Brasil é que são criados os primeiros museus “oficiais” dedicados à história e à arte nacional: Museu Histórico Nacional (1922), Museu Casa de Rui Barbosa (1930), Museu Nacional de Belas Artes (1937), Museu da Inconfidência (1938), Museu Imperial (1940), Museu das Missões (1940), Museu do Ouro (1945), Museu de Arte Moderna de São Paulo (1947), Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro (1948), Museu do Índio (1953) e o Museu da República, na década de 60. Todos estes museus ligados ao poder público têm como principal função representar e apresentar, ao público, em nível nacional, determinados fatos e personagens da história brasileira.
Mesmo com o incentivo para a criação de novos museus e novas tipologias, estas instituições culturais que encontram, em sua maioria, sob a tutela dos poder público caem no ostracismo a partir da segunda metade do século XX. É somente no século XXI, com políticas públicas voltadas especificamente para o campo museológico é que estas instituições tomarão um novo fôlego, seja através da realização de concursos públicos para provimentos de cargos, seja através de injeção financeira para reestruturação e modernização dos equipamentos culturais. Atualmente, encontramos um cenário propicio para a criação e institucionalização de museus, a fim de difundir diversas áreas de conhecimento que devem ter sua memória preservada para gerações futuras.
Em termos numéricos, o Brasil conta 2.778 instituições museológicas mapeadas através do Cadastro Nacional de Museus do Instituto Brasileiro de Museus – IBRAM, sendo que 2.759 são presenciais e 19 virtuais. Deste número total 2.541 estão abertas a visitação pública, 83 em fase de implantação e 135 fechadas. No ranking dos museus por região, o Nordeste ocupa a terceira posição com 582 instituições museológicas, ficando atrás da região sudeste (1098), do sul (753) e à frente da Centro-Oeste (203) e Norte (123). No que se refere à região nordestina, o Ceará ocupa a segunda posição com 107 instituições museológicas cadastradas. O estado da Bahia lidera com 143 instituições. 
No âmbito local, a cidade de Fortaleza possui cerca de 20 museus e centros culturais em funcionamento e cadastrados junto ao Sistema Estadual de Museus do Ceará, dentre os quais 3 pertencem a Universidade Federal do Ceará: Museu de Arte, Casa José de Alencar e Seara da Ciência. Destacamos ainda, no âmbito da UFC a iniciativa de projetos de recuperação e preservação da memória do Centro de Ciências Agrárias, do Curso de Farmácia, do Núcleo de Processamento de Dados, além do próprio Museu do Parto, que atua desde 2002 , desenvolvendo atividades museológicas na área de exposição, documentação, ação educativa e conservação de objetos.
A memória da área médica no Brasil vem sendo preservada através da criação de museus e centros culturais em universidades e/ou em associações de profissionais das áreas da Medicina. O Brasil, conta, atualmente, com 23 instituições museológicas da Memória da Medicina (ANEXO 1), dentre as quais destacamos que 7 estão inseridas no contexto universitário: UFRJ, UFPE, USP, UFMG, UNB, UFAL e UFBA. Destas 23 instituições, 7 estão localizadas na região Nordeste: Museu Estácio de Lima e Memorial da Medicina Brasileira (BA); Memorial da Medicina (RN); Museu da Medicina de Pernambuco (PE); Museu de História da Medicina de Alagoas, Sala de Memória do Hospital Universitário Professor Alberto Antunes e Memorial Maria Aragão (AL). 
Podemos afirmar que é uma área em crescente expansão e que merece um olhar mais atento, principalmente, das instituições de ensino e pesquisa brasileiras. Já antenada às necessidades e demandas destas instituições museológicas, em março de 2010 foi realizado no Rio de Janeiro, o I Encontro Nacional de Museus da Medicina, cuja principal finalidade era criar uma Rede Nacional de Museus de História da Medicina. Tanto encontro quanto a rede foram organizados pela Federação Nacional dos Médicos – FEBAM e cujo primeiro resultado foi a criação do sítio eletrônico (www.redemuseumedicina.org) da Rede Brasileira de Museus da Medicina.
Neste sentido, e antenado a estas novas possibilidades de recuperação, preservação e difusão da memória da medicina no Brasil é que justificamos perante o Conselho Universitário da UFC a institucionalização do Museu do Parto Galba Araújo na Maternidade Escola Assis Chateaubriand a fim de possibilitar a filiação junto ao Sistema de Museus do Ceará, ao Sistema Brasileiro de Museus e à Rede Brasileira de Museus da Medicina, bem como concorrer em editais públicos para melhoria do museu e das atividades museológicas da instituição.


JUSTIFICATIVA

O Museu do Parto Galba Araújo vem desenvolvendo desde 2002 atividades de preservação, documentação, pesquisa, exposição e ação educativa a fim de preservar e comunicar à sociedade cearense, em especial, ao público da área médica todos os procedimentos e técnicas do parto, bem como os equipamentos e aparatos utilizados.
O Parto Humanizado consiste na assistência obstétrica baseada em evidências científicas no qual há parceria e respeito entre dois sujeitos, o assistente e parturiente. É quando o parto é considerado como um fenômeno fisiológico, e não médico, sendo conduzido, principalmente, pela mulher que segue seus instintos e necessidades e tem liberdade de movimento e expressão. O Parto Humanizado põe a mulher no centro e no controle1. Para sua realização, necessita-se de um profissional humanizado, médico ou enfermeiro obstetra, que esteja atualizado cientificamente, dê liberdade de escolha e ação à mulher, respeite suas necessidades e que não faça intervenções cirúrgicas desnecessárias.(1)
A internação da mulher, mesmo para a parturição normal, hoje é considerada ideal para a assistência materna, durante o parto. Entretanto, os procedimentos médicos feitos de rotina, sem uma avaliação prévia de sua real necessidade, muitas vezes tornam-se iatrogênicos e desumanizam a assistência, aumentando a morbidade materna. O procedimento cirúrgico da episiotomia, por ocasião da parturição, a imposição médica da posição deitada durante o período expulsivo e, por último, a alta incidência de operações cesareanas sem uma indicação precisa na assistência ao parto têm aumentado o risco materno no parto hospitalar.
A interferência da tecnologia médica no processo de parto, contudo, é associada ao poder econômico e pressupõe que um parto seguro é aquele feito no hospital provido de alta tecnologia5. A assistência à maternidade ocidentalizada, medicalizada e de alta tecnologia geralmente desumaniza e leva a intervenções obstétricas desnecessárias, caras, perigosas e invasivas (2) (3).
Estudos pré-históricos e antropológicos têm revelado que, há menos de três séculos, a maioria das mulheres de todas as raças e culturas, durante o trabalho de parto, adotava uma postura vertical, mantendo o tronco ereto nos períodos de dilatação, expulsão e dequitação. Além do mais, até meados dos anos 50, era costume, no Brasil, a assistência domiciliar ao parto normal por parteiras.
A experiência da Maternidade Escola Assis Chateaubriand – Universidade Federal do Ceará (MEAC-UFC), na observação da assistência ao parto na posição vertical não ficou restrita a uma avaliação puramente subjetiva, para não dizer empírica. A iniciativa do falecido Professor José Galba Araujo de adaptar para o nível terciário, o modelo de posição sentada ao parir, usado na zona rural, sob a orientação de parteiras leigas que integravam o Programa de Ações Integradas de Saúde (PROAIS) – UFC – foi estudada cientificamente quanto aos seus benefícios no estudo que fundamentou tese de mestrado dessa Universidade.(4)
Autores como Moisés Paciornik, que também procedeu estudos observacionais no sul do Brasil, constataram a facilidade com que pariam as índias, na zona rural, preferindo a posição ereta, de cócoras, para o período expulsivo do parto. Segundo Paciornik, de nada valeu o argumento feito no século XVII, contra o decúbito dorsal, como posição no ato da parturição, comparando o ato de parir ao ato fisiológico da defecação. Dizia ele, que Mauriceau (médico da corte de Paris e que assistiu ao parto da rainha Maria Antonieta, naquele século) afirmou “o parto difere da evacuação; esta expulsa massa inanimada, inerte, enquanto no parto, sai da mãe um ser vivo, ativo, que colabora no próprio nascimento”. E verdade que, naquela época, acreditava-se na cooperação ativa do feto no ato da parturição. Hoje, os estudos demonstram ser inteiramente passivo o papel do feto, ficando a parte ativa do mecanismo do trabalho de parto por conta da contratilidade uterina. Na realidade, se a mulher fica em litotomia (posição deitada), ela tem que empurrar o feto para cima, além da pressão da força de gravidade deixar de colaborar.(5)
Por fim, corroborando estudos antropológicos, dentre os quais o mais completo, efetuado por Engelmann, Rodet e Chrpentier, publicado em Paris, com o título “Láccouchements chez les peuples primitifs”pela Librarie J.B.Ballière et Fils, em 1986, o Professor Galba Araujo (docente de ginecologia e obstetrícia da UFC e Diretor da MEAC no período de 1964 a 1985) conseguiu reunir alguns  bancos de parto, que são cópias dos artefatos usados por nossos colonizadores. Estes eram utilizados na zona rural por parteiras empíricas e serviam de acento à parturiente durante o período expulsivo do parto. Estes artefatos e outros utilizados mais recentemente em obstetrícia, hoje constituem o acervo do Museu do Parto Prof. Galba Araujo – Projeto de Extensão.aprovado no .Departamento de Saúde Materno-Infantil e cadastrado sob.n. QH.00.2004.PG.0959. 
O Museu do Parto, localizado na Maternidade Escola Assis Chateaubriand (MEAC), foi criado em homenagem ao falecido professor José Galba Araújo que tanto lutou pela melhoria da qualidade da assistência obstétrica. O museu contém curiosas e interessantes peças de elevado valor antropológico que ilustram o modo como eram realizados os partos em diferentes regiões do interior do Ceará. 
O acervo do Museu do Parto Prof. Galba Araújo é divido em 4 conjuntos, que encontram-se agrupados por categorias de classificação: ferramentas obstétricas, mobiliário, audiovisual, documental (fotografias, cartas, relatórios...) e bibliográfico, sendo constituído por peças de elevado valor antropológico relacionadas à parturição (a listagem mais detalhada do acervo segue no ANEXO 2).
Na categoria Mobiliário, tem-se os bancos de parto, réplicas dos primeiros bancos trazidos pelos colonizadores portugueses ao Ceará, apresentando modelos bastante semelhantes aos produzidos por Savonarola (1547), Eucarius Rodins (1544) e Deventar (1701). Há também um osso da coluna vertebral de uma baleia que encalhou em Cumbuco/CE, sendo curiosamente usado pelas gestantes da comunidade como banco de parto, devido à crença de que a criança que sobre ele nascesse seria abençoada com um futuro repleto de sorte. De grande valia, tem-se ainda a mesa obstétrica desenvolvida pelo próprio professor José Galba Araújo, que baseado na sua ampla experiência sobre parturição, procurou formular uma cadeira que permitisse à gestante assumir várias posições no momento do parto, desde a posição sentada com encosto inclinado à posição de litotomia.
No conjunto de ferramentas obstétricas, existem quatro diferentes tipos de fórceps: o Fórceps de Piper,o de Simpson, o de Demelin e o de Kieland. Pode-se ver ainda vários modelos de outras ferramentas obstétricas, que eram antigamente utilizadas, em cirurgias de embriotomias, na extração de fetos mortos do meio intrauterino a fim de evitar possíveis complicações para o organismo materno.
O Museu do Parto conta ainda com vídeos apresentados durantes aulas ministradas e visitações. Esses vídeos retratam de modo detalhado o correto processo de parturição, com toda a assistência e o suporte defendidos pelo parto humanizado. Há ainda quadros de fotografias expostos, mostrando aos visitantes um pouco da vida e do trabalho do professor Galba Araújo.
O museu foi inaugurado em 2002, tendo sido aberto a visitações desde então. Têm sido realizadas também atividades educativas a fim de difundir conhecimentos à população sobre a humanização do parto e sobre o próprio processo de parturição em si. Essas atividades são de fundamental importância, pois, além de sensibilizar os estudantes da área da saúde sobre os cuidados e a postura necessários para a abordagem da paciente gestante, buscam mostrar às mulheres seus direitos legais no que concerne ao atendimento na maternidade.
É no museu acima referido que, como mencionado, são ministradas algumas aulas práticas de Obstetrícia para alunos de medicina da UFC, e de outras áreas, oriundos de outras instituições de ensino. São realizadas também exposições fotográficas do Centro de Parto da maternidade a fim de mostrar para os visitantes a grande qualidade da assistência às parturientes atendidas nessa instituição. Está aberto tanto à visitação de acompanhantes e familiares das clientes da MEAC, como de estudantes do nível médio e superior de várias universidades, de forma sistemática, guiados por bolsista de extensão que o faz, sistematicamente, duas vezes por semana.

OBJETIVOS E RESULTADOS

O projeto de extensão do Museu do Parto: um tributo ao Prof. Galba Araujo tem servido, acima de tudo, como ponto de intersecção entre duas culturas em relação à assistência ao Parto, demonstrando, comparativamente, práticas obstétricas empíricas da zona rural e a assistência hospitalar ao parto, sendo, portanto, um marco de intercâmbio entre os dois saberes. Como prova disto, relacionamos abaixo uma série de publicações geradas a partir do tema principal do Museu:
Bomfim-Hyppólito, Silvia. Influence of the position of the mother at delivery over some maternal and neonaltal  outcomes. Author.International Journal of  Gynecology & Obstetrics dec.1998.v.63 (Suppl.no.1)Guest Editors: Anibal Faúndes,   .G.Cecatti.pp.S67-S73.
Araujo, José Galba. Minha experiência com as parteiras e rezadeiras do Ceará.Contact – caderno promovendo a saúde comunitária, Editado ela Comissão Médica Cristã do Conselho Mundial das Igrejas. Genebra. Exemplar 28 de fevereiro de 1983.pp 3-14.
Bomfim-Hypólito, Silvia."A Tricotomia Pubiana é Necessária ?", Revista FEMINA, Vol.09 - N 02, fevereiro de 1981. p.95-98.
Bomfim-Hyppólito et al, Manual de Capacitação de Parteiras Tradicio­nais Co-Autora
Editado pela Maternidade Escola Assis Chateaubriand e Centro de Ciências da Saúde da Universidade 
Federal do Ceara -UFC­.Imprensa Universitária da UFC - 1984. p.66
Bomfim-Hyppólito et al, Consultation on Approaches for Policy Development for Traditional Health Practioners, including Traditional Birth Attendants, Co-autora, Publicado pela World Health Associa­tion NUR/TRM/85.1. English only New Delhi, India, fevereiro de 1985.
Bomfim-Hyppólito et al, "Delegated Health Activity in Rural Areas" an Experience in North Brazil.High Risk Mother and Newborns, Detection, Management and Prevention. Proceedings: Second International  Congress for Maternal and Neonatal Health,    1987. Edited by Abdel R.Omran,Jean Martin and Behir Hamza, Suiça.Chapter 8.5- p.325-339.
Bomfim-Hyppólito et al, PROAIS - Programa de Ações Integradas de  Saúde - suas raízes e sua história..., como  colabora­dora, publicação editada pela Universidade Federal do Ceará, Pró-reitoria de   Extensão, Fortaleza, 1988, p.50.
Bomfim-Hyppólito et al, Alternative Model for Low Risk Obstetric Carein Third World Rural and Peri-Urban Areas - Works­hop on Obstetric and Mater­nity Care - Singa­pore, Interna­tional Jour­nal of Gyneco­logy& Obste­tric, Suplement, Volume 38, Setem­bro de 1991.p.S63-S66.
Bomfim-Hyppólito et al, Integration of TBAs in Rural Maternity Services in Brazil(pp.70) - Maternal and   Infant Mortality -Closing the Gap between Perinatal Health Services – Proceedings:Fourth Interna­tio­nal Congress for Maternal and Neonatal Health 1991,Bandung,Indonesia.   Edited by Elton Kessel,Gulardi H.Wiknjosastro, Anna Alisjahba­na.p.70-
Bomfim-Hyppólito, et al. Manual para Treinamento de Parteiras e Agentes Comunitários em Saúde Reprodutiva, editado pela Universi­dade Federal do Ceará, Secretaria de Saúde do Estado do Ceará e Johns Hopkins Program for International Education in Reproductive Health, em Fortaleza, 1995, p.115.
Support to Traditional Birth Attendants, Evaluation Report, United Nations Population Fund (UNFPA)Number 12-co-author of the Latin American and Caribbean evaluation report. Authors: Silvia Bomfim Hyppólito, Juan Ortiz-Iruri,RoseSchneider,PatriciaGuzman,p.41.1997.
Bomfim-Hyppólito et al.Artigo na Revista Femina. N. 3 volume 29 de   abril de 2001,da Federação Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia – FEBRASGO, intitulado “Por que o prêmio Galba Araújo?” 
Bomfim-Hyppólito et al, Catálogo da I Mostra do Museu  do Parto da Maternidade-Escola Assis Chateaubriand, Universidade Federal do Ceará – “O parto em diversas épocas e localidades.Edição da UFC, Meac, Laboratórios Schering, Organon e A Fórmula.  2003, 23 p.
Fundação W.K.Kellog. Da visão ao impacto inovador. Capítulo XI. Acendendo a chama da mudança na América Latina e no Caribe. Library of Congress catalog card number 2005924333. Printed in the United States. Published april 2005.ISBN 0-9716520-4-X.pp 231-235.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Ultimamente, a Maternidade Escola Assis Chateaubriand (MEAC), atendendo à recomendação do Programa de Humanização no Pré-Natal e Nascimento, instituído pelo Ministério da Saúde, através da Portaria GM nº. 569 de 01/06/2000, com o objetivo primordial de assegurar a melhoria do acesso, da cobertura e da qualidade do acompanhamento pré-natal, da assistência ao parto e puerpério às gestantes e ao recém-nascido, na perspectiva dos direitos de cidadania, já estava mantendo neste hospital as doulas, em seu quadro de voluntariado.
O Museu do Parto Galba Araujo, finalmente, se constitui em um marco comemorativo do trabalho de Professor Galba que deu o nome ao Prêmio Galba Araujo, instituído pelo Ministério da Saúde, que é dado a cada dois anos ao Hospital que mais se destaca na Assistência humanizada ao parto. Por outro lado vale esclarecer que o Museu do Parto: Um tributo a Galba Araujo se trata de um Projeto de Extensão, cadastrado na Pro-Reitoria, do qual a Profa. Silvia Bomfim Hyppólito é a orientadora. 
Diante das argumentações apresentadas, solicitamos que a Universidade Federal do Ceará através do douto Conselho de Ensino e Pesquisa, reconheça o Museu de Parto Galba Araujo como parte integrante da Universidade Federal do Ceará, com todo o seu acervo, nomeando a Profa. Emérita Dra. Silvia Bomfim Hyppólito, sua curadora, sem onus para a Universidade Federal do Ceará. Esclarecemos que a referida docente tem matrícula SIAPE 6292049 e participa do Programa de Apoio ao Aposentado – PROPAP que é regulamentado pela Resolução No. 18/CEPE de 30 de julho de 1996, Esclarecemos que a referida docente foi aposentada de acordo com a portaria 120 de 11 de janeiro de 2011, publicada no DO  de 12 de janeiro de 2011 e integrada ao PROPAP no dia 16 de maio de 2011, através do processo P24035/10-10. 
Atenciosamente,
Prof. Dr. Carlos Augusto Alencar
Diretor Assistente da 
Maternidade Escola Assis Chateaubriand - UFC

ANEXO 1

MUSEUS DA ÁREA MÉDICA NO BRASIL

Museu de História da Medicina do Rio Grande do Sul – Rio Grande do Sul
Museu Inaldo de Lyra Neves da Academia Nacional de Medicina – Rio de Janeiro
Museu Estácio de Lima – Bahia
Memorial da Medicina Brasileira / UFBA – Bahia
Museu da Medicina do Pará – Pará
Museu de Anatomia Humana / UNB – Brasília
Museu da Pediatria Brasileira – Rio de Janeiro
Memorial da Medicina – Rio Grande do Norte
Centro de Memória da Medicina de Minas Gerais / UFMG – Minas Gerais
Museu de Medicina da Associação Médica do Paraná – Paraná
Museu de Anatomia Humana Prof. Alfonso Bovero / USP – São Paulo
Museu de História da Medicina da Associação Paulista de Medicina – São Paulo
Museu da Medicina de Pernambuco / UFPE – Pernambuco
Museu Virtual da Faculdade de Medicina da UFRJ – Rio de Janeiro
Museu de História da Medicina de Alagoas – Alagoas
Museu / Arquivo Histórico da Santa Casa – Pará
Museu da Santa Casa – Rio de Janeiro
Museu do Instituto Médico Legal – Paraná
Sala de Memória do Hospital Universitário Prof. Alberto Antunes / UFAL – Alagoas
Museu do Médico da Sociedade Cirúrgica do Pará
Museu Histórico Prof. Carlos da Silva Lacaz – Faculdade de Medicina da USP – São Paulo
Centro de Memória e Museu da Loucura – Minas Gerais
Memorial Maria Aragão – Alagoas

REFERÊNCIAS
(1) Wagner M. Fish can't see water: the need to humanize birth. Int J Gynaecol Ob stet 2001 Nov; 75 Suppl 125-37. Review.
(2) Cechin PL. Rescue of natural delivery in the technology era. Rev Bras Enferm. 2002 Jul-Aug;55(4):444-8.Wagner M. Fish can't see water: the need to humanize birth. Int J Gynaecol Obstet. 2001 Nov; 75 Suppl 125-37. Review.
(3) Bomfim-Hyppólito, Silvia. Influence of the position of the mother at delivery over some maternal and neonaltal  outcomes. Author.International Journal of Gynecology & Obstetrics dec.1998.v.63 (Suppl.no.1)Guest Editors: Anibal Faúndes, G.Cecatti.pp.S67-S73.Tese de Mestrado “Assistência Médica ao Parto Normal – Estudo comparativo do parto assistido na posição vertical e horizontal” 
(4) Paciornik, M., Paciornik C. Iatrogenia do parto em decúbito dorsal. Femina, v.7, p,836-41, Nov, 1979.


Um comentário:

  1. gostaria que a fundamentação para a criação do museu do parto fosse lida pelos dirigentes da Universidade Federal do Ceará, a fim de que um link do blog fosse inserido na página da Universidade, pois esta é bastante visualizada pois constantemente atualizada

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