quarta-feira, 19 de abril de 2017

Um símbolo próprio para representar Dr. Galba

Homenagem ao 32º aniversário de morte

Prato em homenagem ao Dr. Galba, feito por sua filha Terry Kay Araújo
Prato feito por Tarry Kay Araújo. Trata-se de um prato feito pela filha do Dr. Galba à semelhança de um objeto egípcio em homenagem a tilápia considerada deusa no antigo Egito. A peça original está no Museu Pergamon em Berlim. O Mestre Galba peixou o Rio Do Trairi com este peixe, aqui chamado de cara tilápia e que o povo de lá o batizou com o nome de Cará Galba.
 


Os peixes sagrados


Tilápia
O PEIXE ERA UM ALIMENTO APRECIADO e muito consumido pelos egípcios e formava a base da alimentação das pessoas mais pobres, o que não é nada de estranhar tendo em vista o verdadeiro viveiro desses animais que o rio Nilo representava. Os habitantes da região do delta nilótico e os que moravam às margens do lago Faium eram pescadores por profissão. Alguns peixes eram sagrados em determinadas localidades e não podiam ser ingeridos, enquanto que em outros locais podiam ser comidos livremente. Entretanto, o faraó e os sacerdotes não podiam comer peixe, identificado com o malévolo deus Seth, e nas cerimônias religiosas esse animal era considerado impuro. O historiador grego Plutarco (c. 50 a 125 d.C.) nos conta que no 1.º mês do ano egípcio, chamado de thuthi, no 9.º dia, correspondente ao 27 de julho do nosso calendário, todos comiam, na porta de suas casas, um pescado assado. Os sacerdotes, porém, não o provavam e deixavam que seus peixes fossem inteiramente consumidos pelo fogo diante de suas moradias.

EMBORA EM ALGUMAS LOCALIDADES egípcias fosse proibido consumir certas espécies de peixe em datas específicas, conforme menciona o Papiro Sallier, a maior parte da população alimentava-se de peixe normalmente. Normas religiosas, entretanto, vedavam o consumo de determinados peixes, considerados impuros pelos sacerdotes. No 28.º dia da festa que ocorria no 4.º mês do ano egípcio, més chamado de koiak, correspondente ao período compreendido entre 17 de outubro e 15 de novembro do nosso calendário, por exemplo, não se podia nem mesmo tocar em um pessoa que houvesse comido peixe. Também por razões práticas deixava-se de comer determinados peixes. Tal parece ter sido o caso do capatão, nome vulgar de uma espécie de pargo caracterizado por uma grande protuberância na parte superior da cabeça, que era poupado porque se deixava ver no Nilo quando o rio estava prestes a transbordar e, assim, era encarado como um mensageiro portador da boa nova da enchente. Por outro lado, às vezes os peixes faziam parte dos alimentos que o morto devia comer na sua nova vida no além-tumulo. Sendo comidos ou não, algumas espécies de peixes foram consideradas sagradas e até embalsamadas.
 Múmia de peixes do gênero Latus niloticus, chamados pelos egípcios de aha.
OUTRO PEIXE COM CONOTAÇÕES RELIGIOSAS era a Tilapia nilotica, muito representada na arte. Pelo fato de incubar e criar os ovos na boca, simbolizava para os egípcios o renascimento; devido à sua cor avermelhada, também tinha simbologia solar. Essa e outras espécies eram tidas como pilotos da barca solar de Rá, que o advertiam da aproximação de seus inimigos, principalmente da serpente Apófis, enquanto viajavam pelo mundo subterrâneo.

Fonte: http://www.fascinioegito.sh06.com/peixes.htm

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