segunda-feira, 17 de junho de 2019

O PARTO DOMICILIAR E A PARTEIRA EMPÍRICA

             A geração dos anos 40 talvez tenha sido a última que nasceu em domicílio, com a ajuda de parteiras empíricas. O parto hospitalar já acontecia, no entanto, a assistência médica só ocorria nos eventos em que houvesse obstrução do trabalho de parto ou a incidência de problemas que requisitasse uma intervenção cirúrgica.
            O jornal O Povo, em sua edição de 20 de março de 1941, publicou uma reportagem com a entrevista de Da. Glorinha Pestana da Ponte que, naquela data, havia completado um quarto de século de assistência obstétrica domiciliar.
            Por uma feliz coincidência, Dona Glorinha foi a responsável pela assistência ao parto normal no dia 10 de janeiro de 1941, da Srª Gisela Targino Bomfim, genitora da curadora do Museu do Parto: um tributo a Galba Araujo, Profª Drª. Silvia Bomfim Hyppólito. Isto ocorreu, precisamente, à Rua Princesa Isabel no. 718, no bairro Jacarecanga, casa que ainda hoje está preservada, mesmo com modificações.
       Recentemente foi publicada uma reportagem em que Amadeu filho entrevista a Parteira Edite no município de Quixadá, e escreve: “Conhecendo um pouco da trajetória de Edite, é possível despertar a necessidade de um estudo aprofundado dessas grandes mulheres. Elas não tiveram oportunidade de estudar o quanto os médicos estudaram. Mas, com certeza, faculdade nenhuma do mundo teriam lhe ensinado tanto amor e tanta humanidade para com as pessoas que delas precisaram.”
Referências:http://revistacentral.com.br/coluna-amadeu-filho-parteira-edite-muitos-quixadaenses-vieram-ao-mundo-pelas-suas-maos/

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