Atividade do Museu do Parto em tempo de pandemia

Continuamos com as restrições sociais e atividades didáticas presenciais para o controle do SARS-Cov-II. Visando à divulgação do conteúdo material e literário do Museu do Parto, o bolsista de extensão Haniel Ferreira de Paiva escreveu suas impressões sobre o vídeo que descreve a criação da Maternidade Escola Assis Chateaubriand - Universidade Federal do Ceará (onde está situado o museu) e comentários sobre entrevista realizada com uma das mais antigas parteiras empíricas que recebeu o apoio e orientação do Prof. Galba Araújo.

-A Maternidade Escola da Universidade Federal do Ceará em construção.

A postagem se trata de um vídeo sobre a história da construção da Maternidade Escola Assis Chateaubriand. A história começa antes mesmo de sua construção, com uma campanha em prol da construção de uma Maternidade Popular, lançada em 28 de maio de 1955. Com o apoio de várias figuras ilustres, tanto civis como do governo, houve uma arrecadação de fundos bastante significativa, a Sociedade Pró-Construção da Maternidade Popular (Escola) de Fortaleza pode marcar a data do lançamento da pedra fundamental no dia 3 de março de 1956. Assim foi construida, contando com 4 pavimentos e anexos, e uma área de construção total de 6733,65 m², tendo sua inauguração e entrega à universidade sendo feitas no dia 14 de dezembro de 1963, onde ficou sob a direção do Dr. Galba Araújo quando o convênio com a universidade foi completamente firmado. Além dessas e outras informações mais detalhadas sobre todo o trajeto da idealização, arrecadação, construção e inauguração da MEAC, o vídeo também traz o nome de diversas personalidades que tanto ajudaram e/ou participaram ativamente em todo esse processo, sendo assim uma homenagem não só para a Maternidade em si como para todas as figuras envolvidas em sua construção.

- Dr. Galba Araújo, visto por uma das parteiras - 1999

A postagem mostra um vídeo gravado em 9 de dezembro de 1999, onde é entrevistada a parteira Maria Vilanir Araújo. Na entrevista ela conta histórias sobre sua vida de parteira, além das novas preocupações com os protocolos de higiene que lhe foram passados na MEAC na primeira turma de treinamento de parteiras promovida pelo Dr. Galba Araújo. Conta também de várias dificuldades que passou no período de adaptação e aprendizado e como várias vezes o Dr. Galba a incentivou a continuar, outros casos de como seu conhecimento popular aliado ao conhecimento formal ganho na capacitação ajudou a agregar em várias situações na maternidade. Em outro momento, ela explica um pouco da sua observação sobre as atividades do PROAIS na lagoa redonda e como ajudou a melhorar as condições de saúde da região e como era um trabalho organizado e que dava várias ferramentas facilitadoras para sua atividade. Também conta como a Maternidade Escola, quando comandada pelo Dr. Galba, servia sempre como um apoio, pois estava de portas abertas para ela e as outras parteiras. Fala que sempre lembra do Dr. Galba em partos difíceis como uma forma de pedir ajuda, contando diversas histórias de casos. Dá para perceber na fala dela o amor e orgulho que tem pela profissão, também em como o Dr. Galba a marcou, como uma figura capaz e de confiança, sempre falando dele de forma a referi-lo como alguém que estava lá para ajudar e só de lembrar dele já a ajudava a fazer seu trabalho, como dito na parte em que conta sobre casos difíceis que enfrentou.